
JORNAL DE ANGOLA PUBLICA TRABALHO DO INIS SOBRE DENGUE
Fotografia: DR
Notificados 550 casos de dengue este ano
Por: Madalena José
15 de Novembro, 2019
O Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) registou até ao momento 550 casos de dengue, mais 199 comparativamente ao ano de 2018, revelou, ontem, em Luanda, a chefe do Laboratório de Biologia Molecular, Dra. Zoraima Neto.
Ao apresentar o tema sobre a “Circulação do vírus da dengue do tipo2” em Angola, durante a sexta conferência nacional sobre Ciência e Tecnologia, disse que no ano passado o instituto notificou 351 casos suspeitos e destes 70 foram confirmados positivos, para a dengue do tipo 2 e um caso de dengue do tipo 1.Os casos do vírus de dengue têm aumentado e no ano de 2017 o INIS registou 50 casos e destes apenas um foi confirmado como caso positivo, o que confirma que o vírus continua a circular, tendo em conta o número de casos notificados.
A sequência revela a possível introdução da dengue em Angola a partir de cidadãos provenientes do Oeste de África, revelou a médica, alertando que os sintomas predominantes são febre em 95 por cento dos casos, cefaleia com 81 por cento e mialgia com 68 por cento.
A maioria dos casos foram detectados em Luanda, com 87 por cento, principalmente nas zonas urbanas, sendo as pessoas mais atingidas as da faixa de 18 anos, com uma taxa de 51,4 por cento. A dengue atingiu, maioritariamente, pessoas do género masculino, com 58,6 por cento dos casos.
De acordo com a responsável, os resultados da investigação indicam que existe a circulação do vírus da dengue, durante todo ano, com incremento ao longo dos meses de Abril e Outubro de 2018.
O INIS começou a fazer a investigação das arboviroses, que incluem o chikungunha, dengue e a febre amarela, em Janeiro de 2017, após o surto desta última.
A Dra. Zoraima Neto afirmou que após a notificação destes casos, criou-se um programa para fazer a vigilância laboratorial, sob a responsabilidade do Instituto (INIS) e que está a ter resultados positivos.
Nem toda a febre é malária, alertou a especialista, para quem o diagnóstico diferenciado é muito importante para saber qual o microorganismo ou agente patológico que está por detrás da febre, tendo ressaltado ser importante levar as amostras ao laboratório nacional de referência.